
07 abr Como o coronavírus está mudando os hábitos de compra
O avanço do coronavírus começou a provocar mudanças nos hábitos de consumo em países onde o surto é maior. Segundo a eMarketer, o isolamento e a incerteza da data do término da epidemia estão atraindo cada vez mais pessoas para as compras online.
Quase a metade (47.2%) dos internautas americanos entrevistados por Coresight Research, em fevereiro, já afirmavam estar evitando centros comerciais e supermercados. Além disso, 74,6% dos entrevistados afirmaram que, se o surto piorasse se afastariam complemente destes locais de aglomeração. E assim está sendo.
O mesmo acontece com as lojas físicas em geral. Ao redor de 32.7% dos entrevistados já estavam evitando as lojas físicas há um mês, e mais da metade disse que as evitariam se o COVID-19 se propagasse, como estamos vendo atualmente.
“É compreensível, dada a incerteza em torno do coronavírus, que as populações vulneráveis evitem os ambientes físicos que aumentam as chances de exposição”, afirma Andrew Lipsman, analista principal da eMarketer. “Mas as necessidades pessoais não desaparecem e podem até mesmo aumentar devido ao pedido dos governos para as pessoas ficarem em casa. Isso está gerando o acúmulo de recursos nas casas”, acrescenta..
É cada vez maior o número de pessoas que aderem ao comércio eletrônico para não sair de suas casas. Em geral, as vendas de produtos básicos de consumo (CPG) estão aumentando, algo que era de se esperar. No entanto, de acordo com os dados da Nielsen, há produtos que se destacam curiosamente acima de todos os outros: as vendas de leite de aveia aumentaram 305.5% na semana que terminou em 22 de fevereiro, e em contraste, as vendas de água aumentaram apenas 5.1%: abaixo de feijão seco, bebidas energéticas e pretzels.
Como era de se esperar, o estudo da Nielsen também aponta que os artigos de CPG relacionados com a saúde estão crescendo. As vendas de máscaras, por exemplo, cresceram 78% durante a primeira semana de um período de quatro semanas que terminou no dia 22 de fevereiro, na comparação com o mesmo período do ano passado. Na quarta semana, as vendas aumentaram 319%.