
18 jun Facebook lança oficialmente a Libra, sua própria criptomoeda
O Facebook anunciou nesta terça-feira, 18 de junho, oficialmente o lançamento da Libra, sua própria criptomoeda. Concebida para economizar, transferir ou gastar dinheiro com a mesma simplicidade do envio de uma mensagem de texto, a Libra tem um código aberto que pode ser usado por desenvolvedores interessados em incluí-la em aplicativos, serviços e negócios antes de seu lançamento como uma moeda digital no próximo ano.
A iniciativa, que tem parceria com gigantes como Mastercard, PayPal, Uber e Spotify e poderá ser usada pelo Messenger e WhatsApp, pretende fazer com que mais de um bilhão de pessoas de todo o mundo que não têm acesso a bancos possam contar com serviços comerciais e financeiros online.
Para garantir a implementação do projeto, o Facebook criou a Libra Association, fundação responsável por administrar o tesouro da moeda, criar suas especificações técnicas e promover a iniciativa. A associação será autônoma e terá sede em Genebra, na Suíça. Além do Facebook, haverá ainda outros 27 membros fundadores – todos terão os mesmos poderes da rede social.
Entre eles, estão nomes tradicionais do mercado financeiro (Visa, Mastercard e PayPal), empresas de tecnologia (Uber, Lyft, Spotify e eBay) e fundos do Vale do Silício (Ribbit Capital e Thrive Capital). Cada um deles teve de colaborar com uma cota mínima de US$ 10 milhões para desenvolver a tecnologia e compor as reservas da moeda, que viabilizam a operação da libra e evitam volatilidade em sua cotação.
Até sua estreia, a meta da associação é atingir a marca de 100 membros, levando as reservas para a casa de US$ 1 bilhão
O lançamento é parte de um projeto ambicioso da rede social, que pode romper fronteiras monetárias, promover inclusão financeira e, de quebra, transformar a companhia de Mark Zuckerberg em uma fintech (startup de serviços financeiros)
Calibra. Para operar as transações da moeda, o Facebook criou uma subsidiária, a Calibra. Ela oferecerá a carteira digital pela qual será possível realizar pagamentos e enviar remessas para contatos no Messenger e no WhatsApp, além de ter aplicativos próprios para Android e iPhone. Hoje o Facebook tem 2,7 bilhões de usuários em seus diversos aplicativos.
O projeto Libra aprendeu com as lições das outras criptomoedas, como o bitcoin, e foi pensado para evitar as variações abruptas de valor que afetam as moedas virtuais e que são fonte de especulação e de ruínas. O dinheiro real utilizado para comprar a Libra será a reserva e garantia do dinheiro virtual, cujo valor refletirá o de moedas estáveis como o dólar e o euro, segundo os credores.
Para que a moeda digital opere em escala global, a Libra tem como base uma plataforma de tecnologia blockchain que usa quase 100 “nós” de computador confiáveis para validar e registrar transações. Blockchain é uma espécie de registro público que não pode ser falsificado e permite transferir moedas virtuais de forma rápida e segura.
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